Análise: Alcaraz e Sinner já são maiores do que o Big 3?
Eles têm juntos 8 títulos de Grand Slams

Era inevitável. Depois da final épica entre Jannik Sinner e Carlos Alcaraz no domingo (8), em Roland Garros, surge a comparação entre os números 1 e 2 do ranking atual da ATP com o Big 3, formado por Roger Federer e Rafael Nadal, já aposentados, e Novak Djokovic, o único ainda em atividade.
Olhando em perspectiva, estamos falando de três tenistas que dominaram o tênis masculino por 20 anos, vencendo juntos 66 Grand Slams de simples (Djokovic à frente com 24 títulos, Nadal com 22 e Federer com 20).
Foram, alternadamente, ranqueados como número 1 do mundo por um total de 947 semanas, ou 18 anos. Sempre um dos três terminou a temporada como o melhor jogador por quase todos os anos entre 2004 e 2023, exceto 2016 e 2022.

Então, como dois jogadores, que se tornaram profissionais há apenas 7 anos, e têm juntos 8 títulos de Grand Slams além de outros torneios ATP, podem já ser considerados melhores do que Federer, Nadal e Nole? O próprio Djokovic disse, no ano ado, que Alcaraz já tinha alcançado o nível dele e dos outros dois astros.
Já o treinador francês Patrick Mouratoglou incluiu o italiano na conversa: “O nível de Alcaraz e Sinner é superior ao dos Big 3. Não muito, mas é.” Ele diz que Sinner é um Djokovic 2.0 em termos de nível. E que Alcaraz é Roger 2.0, não em termos de elegância, mas de eficácia. O físico de Carlitos é superior ao de Roger e Rafael, e Jannik é mais agressivo do que Nole.
Para o ex-número 1 do mundo Andre Agassi, que fez a entrega do troféu a Carlos Alcaraz depois da vitória no saibro francês, o espanhol se movimenta como um OVNI na quadra.
“Ele não joga na defesa, mesmo quando está contra a parede. Ele tem todas as qualidades dos Big 3, talvez até mais”, disse o americano, campeão de Roland Garros em 1999.

O fato é que, quando a aposentadoria do Big 3 começou a se desenhar, muita gente achou que o tênis jamais voltaria a ter partidas, momentos e jogadores como Rafa, Roger e Nole.
A final de ontem, em Roland Garros, desmentiu o pessimismo desta gente e confirmou uma rivalidade que possivelmente entrará para a história. E deixou Alcaraz, atual número 2, bem mais perto do líder Sinner.
O ano já vai pela metade e ainda faltam dois Grand Slams e vários ATPs. Expectativa de mais emoções em quadra. Mas para que lado vai se inclinar a balança da vitória, só o tempo dirá.
Melhor para os amantes do tênis.
Bia supera Kvitova

Bia Haddad estreou com vitória no torneio de Queen’s, em Londres, iniciando a temporada de grama. Na quadra Andy Murray, a brasileira virou o jogo contra a checa Petra Kvitova e fechou em 2 a 1, com parciais de 2/6 e duplo 6/4, desempatando a série entre elas (2 a 1 para Bia). Agora ela enfrenta a americana Emma Navarro, nas oitavas de final.
Bia também voltará à quadra para a partida de duplas, ao lado da espanhola Cristina Bucsa, para o confronto contra Yulia Putsintseva e Elena Rybakina. Quem também estreia hoje, se der tempo, é a dupla formada por Luisa Stefani e a húngara Timea Babos. Elas vão enfrentar Daria Kasatkina e Donna Vekic.